A 16ª Meia Maratona Internacional de São Paulo movimentou a Zona Leste paulistana neste domingo. Em sua primeira edição em Itaquera, a prova reuniu milhares de corredores para um percurso inédito, técnico e bastante desafiador. Ao final, o topo do pódio no masculino e feminino acabou ficando com os atletas estrangeiros: o ugandense Maxwell Rotich e a queniana Vivian Kiplagati , que garantiu mais um conquista no país. O Brasil comemorou o vice com o paulista Samuel do Nascimento, campeão no ano passado, e com a mineira Larissa Quintão.
Após 15 edições com largada no Pacaembu, a Meia Maratona Internacional de São Paulo chegou à Zona Leste da cidade. A mudança feita pela Yescom, promotora da prova, buscou a descentralização de grandes eventos, tornando as corridas ainda mais acessíveis para todos e de todas as regiões seguindo o que já foi feito no ano passado com a 1ª Meia Maratona de Guarulhos.
A iniciativa e o interesse por novos desafios acabou atraindo bastante gente ao evento e suas três distâncias – 21 km, 10 km e 5 km -, colorindo a arena montada no Shopping Metrô Itaquera, local de largada e chegada, desde cedo.
No masculino, o até então campeão Samuel Nascimento era uma das apostas entre os favoritos. O bicampeonato, entretanto, acabou sendo frustrado pelo ugandense Maxwell Rotich, terceiro colocado na última Corrida da São Silvestre, que venceu com mais de um minuto de vantagem para o brasileiro.
O campeão destacou a elevada umidade da manhã deste domingo como o principal problema. “Muito feliz por mais esse resultado no Brasil. A umidade estava forte e isso acabou dificultando um pouco. Porém, consegui manter o ritmo desde o começo, sem contar que ainda gostei muito do percurso”, declarou Rotich.
O brasileiro Samuel, por sua vez, lamentou não ter conseguido o bi. “Vim tentando segurar o título mas o queniano levou a melhor. Gostei do percurso, duro, mas que estava com as vias bem sinalizadas e com toda a segurança. Comecei bem o ano, mas poderia ter sido melhor”, afirmou o vice-campeão que chegou ao evento de forma inusitada. “Acabei perdendo o van da organização e tive de vir de Metrô. Cheguei com meia hora para a largada, mas deu para aquecer bem e fazer uma boa prova”, finalizou.
Feminino
Vivian Kiplagati confirmou seu favoritismo neste domingo e aumentou sua relação de títulos no país. A queniana, que já tem no currículo duas conquistas na Volta Internacional da Pampulha (21/22), voltará ao seu país nesta semana e terá na bagagem mais um troféu. Ela foi perfeita na prova e não deu chance as adversárias, cruzando a linha de chegada com tranquilidade.
“Foi uma corrida bastante técnica, com muitas subidas. O bom é que no fim deu tudo certo. Gosto muito de correr no Brasil e esta foi minha sexta prova no aqui desde o final do ano passado. Agora, regresso ao Quênia e nada melhor do que me despedir vencendo”, afirmou a alegre e simpática atleta.
Larissa ressaltou o resultado expressivo neste início de ano. “Começamos a temporada com um tempo que poderia ser melhor. Mas deu pódio e isso também é muito importante. O percurso foi desafiador, com muitas subidas e descidas mas me agradou. Espero que no ano seja muito bom e que consiga outros resultados positivos”, finalizou. Em terceiro chegou a vice no ano passado, Adriana Aparecida da Silva.
Resultados
Masculino
1. Maxwell Rotich (Uganda), 1h06min56
2. Samuel do Nascimento (Brasil), 1h07min33
3. Renilson da Silva (Brasil), 1h08min59
4. Gustavo de Souza (Brasil), 1h09min54
5. Melquisedéque Ribeiro (Brasil), 1h10min32
Feminino
1. Vivian Kiplagati (Quênia), 1h20min15
2. Larissa Quintão (Brasil), 1h21min22
3. Adriana Aparecida da Silva (Brasil), 1h25min20
4. Renata dos Santos (Brasil), 1h25min43
5. Adriana Domingos da Silva (Brasil), 1h26min47
Mais informações no site www.meiamaratonadesaopaulo.com.br
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