Um domingo ensolarado em pleno inverno carioca. Com a temperatura amena, em torno de 24 graus, os quenianos Stanley Biwott, no masculino, e Esther Kakuri, no feminino, ganharam a 23ª Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, que conta com um dos percursos mais bonitos do mundo. Enquanto Stanley disputou a prova pela primeira vez, Esther garantiu o tricampeonato em sua terceira participação consecutiva. Os brasileiros mais bem colocados foram Giovani dos Santos e Rejane Ester da Silva, da Equipe Elite Runners Usb, que chegaram em quarto lugar.
Estreante na prova do Rio, Stanley Biwott travou um duelo com o ugandense Fred Musobo e o queniano William Sitonik até os 15 quilômetros da prova. A partir daí, Stanley passou a imprimir um ritmo mais forte, abriu vantagem sobre seus adversários e cruzou a linha de chegada com o tempo de 1h01min49seg, o sexto melhor tempo das 23 edições realizadas e a 14ª vitória queniana.
“A parte final da prova é bem desgastante por conta das inúmeras curvas do percurso, o que quebra um pouco o ritmo”, disse Stanley, de 33 anos, vencedor das maratonas de Nova York e Paris e que fez 1h01min43seg na Luso Meia Maratona de Lisboa ano passado. Stanley, que considera o Rio um “lugar muito legal” disputou a Maratona Olímpica em 2016, mas não completou a prova. A dificuldade de ritmo foi fruto das mudanças no percurso necessárias em razão da interdição da Avenida Niemeyer.
Campeão da Maratona do Rio 2019, no mês de junho, Giovani dos Santos comprovou porque é um dos melhores brasileiros nas provas de fundo. O mineiro terminou a Meia Maratona Internacional em quarto lugar com o tempo de 1h04min42s. Aos 38 anos, o atleta da cidade de Natércia não escondia sua emoção.
“Quase deu para buscar a terceira colocação, faltou talvez um pouco mais de velocidade. A prova, para mim, foi especialmente difícil por conta de um resfriado desde quarta-feira. Devido a essas circunstâncias, posso considerar o resultado muito bom”, explicou Giovani, que elogiou o percurso da prova. “Com as alterações no local de largada, o percurso ficou mais rápido. Mas foi um dia de muito vento, o que desgasta bastante”, acrescentou.
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Pela terceira vez na Meia Maratona do Rio, a queniana Esther Kakuri, de 25 anos, melhorou seu tempo de 2018 em 1min50s e garantiu o tricampeonato com o tempo de 1h16min52seg. “É muito importante manter essa regularidade em uma prova. Estou feliz e já com planos de voltar ano que vem. Sempre venho preparada para dar o meu melhor”, comentou a corredora, que terá como próximo desafio a Meia Maratona de Buenos Aires, no próximo domingo, prova na qual foi terceira colocada em 2018. “Dessa vez sigo para a Argentina para melhorar meu resultado”.
Já a carioca Rejane Ester da Silva, comemorou seus 35 anos, completados no último dia 11, fazendo uma prova de superação. “Treinei muito para essa disputa, mas ontem (sábado) meu calcanhar direito inchou. Acordei chorando, quase não vim, mas minha família me deu muita força para não desistir. Nem sabia se iria conseguir completar a prova. Só tenho a agradecer a Deus”, afirmou. “É uma prova muito forte. Na última vez parei no meio, não aguentei, mas, apesar de toda a adversidade, agora eu consegui estar no pódio”, completou.
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Resultados
Masculino
1) Stanley Biwott (QUE), 1h01min49seg
2) Fred Musobo (UGA), 1h03min14seg
3) William Sitonik (QUE), 1h04min30seg
4) Giovani dos Santos (BRA), 1h04min42seg
5) Marco Joseph Marco (TAN), 1h04min52seg
Feminino
1) Esther Chesang Kakuri (QUE), 1h16min52seg
2) Viola Chemos (UGA), 1h17min25seg
3) Tseginesh Legesse (ETH), 1h17min32seg
4) Rejane Ester da Silva (BRA), 1h18min25seg
5) Kleidiane Barbosa Jardim (BRA), 1h18min43seg
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